Ceticismo

É uma concepção filosófica bem antiga. Seu fundador foi Pirro de Elida, por volta do ano de 360 a.C já que podemos considerar o conhecimento a partir da relação sujeito e objeto, tal conceito no ceticismo é descartado, pois o cético é aquele que não dá nenhuma importância e nem considera o objeto como fonte de contribuição para o nosso conhecimento.
Para o cético o objeto não nos fornece nenhuma fonte segura de juízo, e em alguns casos até ignoram ou nem veêm o objeto. A esta altura cabe aqui a seguinte pergunta: qual é o ponto de atenção do cético se não é o objeto? A resposta exata seria o sujeito. Como já vimos antes que o objeto é completamente ignorado. Sua atenção se volta aos fatores do conhecimento exclusivamente, para o sujeito. A partir daqui o conhecimento passa a ser estruturado e baseado nas circustâncias anteriores, bem como o mundo social, o meio, círculo cultural e convívio comunitário, entre outros. O conhecimento e o seu desenvolvimento. Agora não depende do mundo concreto e sim de um mundo abstrato, se fazendo assim não mais necessário a importância do objeto material.
Mas qual o motivo que levou os céticos desconsiderarem os objetos? Segundo alguns céticos seria a insegurança, pois os objetos sempre nos apresentam ou nos colocam em dúvidas em algumas coisas. O ceticismo não acredita que todo o conhecimento adquirido do objeto seja completamente verdadeiro. Neste sentido, só cabe ao sujeito á capacidade de estar buscando o que é de mais puro e verdadeiro, eliminando aos poucos o que é falso visando o alcance de um saber absolutamente seguro.
.............................. Postado e Revisado por: Wagner Alexandrino e Fernando B. Cordeiro

Empirismo

É, juntamente com o racionalismo, um dos paradigmas fundamentais da filosofia moderna em sua primeira fase (séculos XVI ao XVIII). Caracteriza-se pela valorização da experiência sensível (pelos sentidos humanos) como fonte de conhecimento. A concepção de conhecimento do empirismo tem como ponto de partida o método indutivo (do particular para o universal), a probabilidade, sendo que a ciência baseia-se no método empírico e experimental, isto é, na formação de hipóteses, na observação, na verificação e teste de hipóteses com base em experimentos (acumula-se várias fontes particulares para generalizar e tornar uma hipótese universal, método científico/lógica aristotélica [ex.João têm dois olhos, Pedro têm dois olhos, Lucas têm dois olhos; Eles são homens, logo, Todo homem têm dois olhos]). O empirismo se opõe ao racionalismo (a razão é a fonte do conhecimento humano), e este constata que é a experiência a única fonte de todo o conhecimento. Para tal, temos um célebre exemplo: “o espírito humano está por natureza vazio, é uma tábua rasa, uma folha em branco onde a experiência escreve”. Tudo procede de experiência, dos fatos concretos. Seu verdadeiro fundador é John Locke (1632-1703). Este refuta a teoria das idéias inatas (idéias da pura razão [Descartes]). E este constata que a alma é um papel em branco e a experiência aos poucos vai escrevendo (a alma como mente). .............................. Postado e Revisado por: Alan Schneider e Cosme D. Potinhek

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Racionalismo

Está é a posição epistemológica que tem como princípio a razão. Sendo ela a fonte do conhecimento humano, (de ratio = razão), racionalismo. Pois o conhecimento é verdadeiro quando a nossa razão julga uma determinada coisa que deve ser assim em todas as partes e situações. Exemplo desse conhecimento é: “o todo é maior do que a parte”. Pois a razão parte como evidência, e se tentássemos provar o contrário, a razão se contradiziria a si mesma. Assim, esses juízos possuem uma validade universal rigorosa Fundamentalmente, quando dizemos que a água ferve a 100C°, nós só podemos julgar que é assim, mas não tem de ser assim. Pois a água pode ferver a uma temperatura inferior ou superior. Outro caso é o corpo, que o corpo não possua peso, pois o peso não esta no corpo. Estes já não têm necessidade lógica. Então esses juízos são válidos dentro de determinados limites, pois podemos julgar que a água ferve a 100C° e os corpos são pesados até onde podemos prová-los. Partindo desses juízos, encontramo-nos limitados à experiência. Formulamos o juízo, “todos os corpos são extensos”, descobrimos nele a noção de corpo e a sua nota de extensão. Juízos procedem da razão, possuem validade universal. E os outros não possuem. Assim, todo conhecimento se funda no racionalismo, no pensamento que é a fonte do conhecimento humano. Um dos conhecimentos pautados em tal método é a matemática, que a princípio é a dedução. Exemplo disso é a geometria dos conhecimentos e axiomas supremos. Pois o conhecimento deriva sem necessidade da experiência. Isso é o racionalismo. O racionalismo mais antigo é o de Platão(427-348/347 a.C). Este alega que o saber se distingue pelas notas da necessidade lógica e da validade universal. Diz que o mundo da experiência está em continua alteração. Assim, não tem um verdadeiro saber. Pois os sentidos não nos conduzem a verdade e sim a doxa, opinião. Para este pensador, um conhecimento para ser possível, deve formular um mundo supra-sensível, o mundo das idéias. Mas não é apenas uma ordem lógica, também é metafísica, reinos de essências das idéias, mas também que se encontra em relação à realidade empírica. Pois as idéias são módulos das cópias empíricas, que devem a maneira de ser. O mundo das idéias também se encontra em relação com a consciência cognoscente. São os conceitos por meio que conhecemos as coisas. São cópias das idéias que procedem do mundo das idéias. Como é possível? Platão responde com a teoria da amammésis. Teoria que diz que o conhecimento é uma reminiscência. A alma contempla na vida terrena e recorda na ocasião da percepção sensível. Pois tem a significação de um estimulo e não espiritual. Assim, o racionalismo é a contemplação das idéias para Platão. Tínhamos, na modernidade, na filosofia racionalista o célebre filósofo René Descartes(1596-1650). Este, com suas teorias das idéias inatas (ideae innatae), conhecimentos que não procedem da experiência, pois são originários da própria razão. Este pensador radicaliza a dúvida ao extremo, pensou na possibilidade de nada existir; nem céu, terra, mão, braços, corpo etc., mas enquanto duvidava, ele perguntou para si mesmo se pensado e duvidando não seria alguma coisa. Nesta própria indagação chegou a seguinte conclusão: Podemos duvidar de tudo, menos da nossa própria dúvida, pois na medida que pensamos já somos algo. Sem rodeios, para Descartes somos um sujeito pensante. Mas esta idéia não pode estar em nós que somos sujeitos limitados, visto que duvidamos, portanto deveria ser de um alguém sumamente bom e perfeito. Sem seombras de dúvidas, para o pensador é Deus. Pois pensamos a idéia da perfeição, por um ser imperfeito, mas esta deve ser proveniente de um ser perfeito. Sendo assim, estas idéias já estão em nós, nascemos com ela e é ela que assegura a nossa existência. Concluímos que Descartes é um racionalista na medida em que usa a razão para provar a própria existência. .............................. Postado e Revisado por: Alan Schneider e Cosme D. Potinhek

Confira o vídeo de uma paródia musical super didática do Projeto Dom Quixote: