Objetivismo e Subjetivismo

Temos ainda o objetivismo e o subjetivismo sendo que estes vão mais longe, pois alegam que há uma verdade, mas é limitada. O subjetivismo, como o próprio nome diz, limita o conhecimento ao sujeito que julga. O relativismo constata também que não há verdade absoluta, pois toda verdade é relativa, apenas tem uma verdade limitada, mas este está nos fenômenos externos e não no sujeito como no subjetivismo. Os dois princípios representados primeiramente foram pelos sofistas como Protágoras(480-410 a.C) dizendo que “o homem é a medida de todas as coisas”. O subjetivismo e o relativismo constatam que não há um conhecimento verdadeiro universalmente válido. Nesta situação, encontramos uma contradição. Pois se não é universalmente válido representa um contra-senso. Pois “a realidade universal da verdade funda-se na sua própria essência”. Sendo assim, a verdade significa simpatia do juízo com a realidade objetiva, assim, não há necessidade de limitar um número determinado de indivíduos. Pois se existe, existe para todos. E, se é falso, não é válido para ninguém e se é verdadeiro é válido para todos. Dizer então que não há verdades universalmente válidas a verdade é uma contradição a si própria. No fundo estes dois métodos são cepticismos. ..............................

O conhecimento para David Hume (Ceticismo/Empirismo)

Segundo Hume (1711-1776), as operações do entendimento humano (conhecimento) podem ser divididas em duas espécies: as relações de idéias e as questões de fato; sendo que, a primeira trata das ciências que usam da dedução para chegar à verdade, independente assim, do que exista, realmente, no universo, exemplo disso é a Álgebra, Geometria, Aritmética. Já as questões de fato fundamentam-se na causa e efeito, sendo que, as afirmações contrárias, não implicam em contradição, exemplo disso: O sol pode ou não nascer amanhã. Segundo o pensador, chegamos às causas e efeitos pela experiência, pois um homem que não conhece o fogo, ao apenas vê-lo, não irá poder deduzir que este poderá queimá-lo (ou seja, não são explicáveis pela dedução, pois é necessário a experiência). Assim, somente com um pressuposto apriori (uso do raciocínio) sem considerar a observação ou sem ter notícia desta, o homem não saberia o efeito das coisas. O poder da experiência se torna tão íntimo ao homem, que este pode pensar estar deduzindo algo, quando, na verdade está recorrendo a uma experiência do passado. Como então estender esse conhecimento para o futuro? Não há uma certeza, pois, algo que aconteceu no passado, não necessariamente acontecerá no futuro. Assim, deve-se fazer uma dedução inferencial, uma inferência (ex. Se eu colocar a água no fogo, irá ferver, porque nas outras vezes a água ferveu [parte de uma verdade particular para uma geral]). Mas eu afirmo que a água no fogo irá ferver, não porque apenas vi (deduzi) que irá ferver porque está no fogo, e sim, porque já tive essa experiência antes. Assim, fiz uma inferência que têm por base o hábito (costume). Assim, o hábito ou costume se revela como um princípio, mas não como primeira causa e efeito e sim, como princípio ligado á natureza humana. Logo, o filósofo Hume acaba por se apresentar como um cético (porque o hábito depende de cada indivíduo, deixando o conhecimento incerto) mesmo parecendo um empirista pela valorização que dá á experiência.
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Confira o vídeo abaixo sobre o tema: